Evidio Zimmer
Depois da vassoura, o objeto que mais cativava Ayla era o aspirador de pó. Ela não sabia como se chamava e nem a sua utilidade, mas sabia que aquele equipamento estranho a fascinava. Um dia fez o mesmo do que tinha feito com a vassoura. Aproveitou uma distração dos pais e foi até ele.
- Podemos conversar?
- De minha parte não há problemas - respondeu o aspirador de pó.
- Então tudo bem, meu nome é Ayla, e o seu?
- O meu é Aspirador de Pó.
- Aspirador de Pó?
- É eu sou responsável pela limpeza.
Ayla ficou impressionada.
- Então o senhor é parente da Vassoura?
- O que? - ofendeu-se o Aspirador - Eu parente das vassouras?
- Desculpe-me - disse Ayla - como vocês dois cuidam da limpeza, eu pensei que fossem parentes.
- Não somos parentes, apenas temos a mesma profissão, só que os Vassouras, são de uma família muito primitiva, nós Aspiradores somos modernos, frutos da tecnologia.
- Eu não sabia disso. Sabia apenas que mamãe passeava pela casa empurrando você, e você arrastando a língua pelo chão. Isso não dói?
- Não, nós fomos feitos para isso. É um prazer para nós auxiliar na limpeza. Um mundo limpo é o nosso sonho.
- Puxa vida! E nós humanos podemos colaborar com vocês?
- Claro que podem. Para isso basta colocar o lixo na lixeira e não jogar nada no chão.
Nesse instante o pai de Ayla se aproximou e comentou com a mãe dela:
- Essa menina é muito curiosa, está sempre olhando para os objetos.